Inscreve-te nos autocarros

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) convocou uma greve nacional de médicos para os dias 17 e 18 de outubro, com concentração no dia 17, pelas 15h00, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. A FNAM disponibiliza transporte de vários pontos do país para a concentração.
Com esta greve e concentração, exigimos uma solução de emergência para salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O Ministério da Saúde tem que ter a coragem de retroceder na sua inflexibilidade, abandonar a escolha de não ouvir quem está no terreno. É fundamental uma atualização transversal que respeite todos os médicos, a redução dos horários e a garantia de melhores condições de trabalho.
A concentração de 17 de outubro é um importante momento em que vamos mostrar a união dos médicos, em defesa da sua profissão, da sua dignididade e do SNS.
A FNAM disponibiliza transporte gratuito para todos os médicos e médicas que queiram participar na concentração. Para isso, pode inscrever-se utilizando este formulário.
Mapa de Portugal e Tour da FNAM

O Tour da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) vai passar pelas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, depois de ter tido início, em setembro, na cimeira da Organização Mundial de Saúde, no Porto, e ter passado por unidades de saúde em Viana do Castelo, Penafiel, Guarda, Viseu, Leiria, Coimbra e Aveiro.

Estas visitas aos locais de trabalho inserem-se na mobilização e apoio aos médicos que se têm recusado a exceder o limite legal anual de 150 horas suplementares, após entrega de uma declaração, em resposta à falta de um plano de emergência, por parte do Ministério da Saúde, que permita salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dar condições de trabalho dignas a todos os médicos. Após 16 meses de negociações entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos, em que não foi possível chegar a um acordo, é fundamental que os médicos mostrem que se chegou a uma situação insustentável.

Entre estas visitas, decorre também a greve de 17 e 18 de outubro, com concentração em frente ao Ministério da Saúde no dia 17, pelas 15h00, de forma a exigir um plano capaz de reverter a situação dramática a que chegou o SNS. A FNAM disponibiliza autocarros a partir de vários pontos do país, para que os médicos possam participar na concentração.

 

Próximas etapas, com a presença de dirigentes e advogados do Sindicato dos Médicos da Zona Sul:

  • 9 de outubro, segunda-feira, 10h30 - Hospital Espírito Santo de Évora
    Sala de Formação 1

  • 10 de outubro, terça-feira, 10h30 - Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca (Amadora-Sintra)
    Sala 2 no Centro de Formação

  • 10 de outubro, terça-feira, 14h30 - Hospital de Santa Maria (Lisboa)
    Anf. Prof. Marck Athias (Piso 3, elevador 11 e 12)

  • 16 de outubro, segunda-feira, 11h30 - Hospital Garcia de Orta (Almada)
    Sala no Centro de Desenvolvimento da Criança (Pavilhão Externo)

  • 19 de outubro, quinta-feira, 10h00 - Hospital Beatriz Ângelo (Loures)
    Auditório

  • 19 de outubro, quinta-feira, 15h00 - Hospital de Faro
    Auditório

  • 20 de outubro, sexta-feira, 09h30 - Hospital Distrital de Santarém
    Sala do Refeitório (1.º andar)

  • 20 de outubro, sexta-feira, 14h00 - Hospital de Abrantes
    Biblioteca da Unidade Hospitalar

  • 24 de outubro, terça-feira, 10h30 - Hospital de São Bernardo (Setúbal)
    Sala de sessões
Webinar sobre dedicação plena e grelhas salariais

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) organiza mais uma etapa do seu Tour, com um webinar sobre a proposta do Governo de dedicação plena e de grelha salarial para os médicos, no dia 28 de setembro, quinta-feira, pelas 21h00. Enquanto não é conhecido o Decreto-Lei aprovado pelo Conselho de Ministros, a FNAM pretende esclarecer e debater a proposta entregue na reunião negocial de 12 de setembro, nesta sessão aberta a todos os médicos.

Webinar: Dedicação plena e grelha salarial

28 de setembro, quinta-feira, 21h00

Link de acesso:  https://us06web.zoom.us/j/81570606871?pwd=Ur4MPnqO3t72PEVUf13B6aaZXZl1Cc.1#success

Caos de que Pizarro é responsável

Os dois dias do último fim de semana foram uma demonstração da incompetência e da irresponsabilidade do Ministério de Manuel Pizarro e do Governo, que assistem impávidos e sem tomar medidas urgentes para fazer face às consequências do seu plano de contingência. O que era suposto ser um plano para fazer face ao encerramento temporário do serviço de Ginecologia-Obstetrícia no Hospital Santa Maria (HSM), em Lisboa, redundou num caos que ameaça deixar toda a região de Lisboa e Vale do Tejo sem resposta para as necessidades.

 

O absurdo exemplifica-se desde logo pela insensatez de duplicar a capacidade de partos do Hospital São Francisco Xavier (HSFX), um dos locais de encaminhamento das grávidas do HSM, onde as unidades individuais de partos (box) passaram de 6 para 12 e onde até já se fazem dois partos por box com as utentes separadas apenas por uma cortina, mas mantendo inalterada a capacidade de internamento, sem capacidade de oferecer o número de internamentos proporcional ao aumento dos partos.

Com o Hospital Beatriz Ângelo (HBA) encerrado entre quinta e domingo, e o Hospital Garcia da Orta (HGO) entre sexta e domingo, o resultado foi que rapidamente o HSFX e o Hospital de Cascais (HC) esgotaram a sua capacidade, tendo ficado sem vagas de internamento o que obrigou à suspensão da realização de partos, uma vez que não havia capacidade instalada para poder internar as grávidas e os bebés.

A agravar este cenário, a Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Caldas da Rainha (HCR) está encerrada até ao final de outubro, e as grávidas são encaminhadas para o Hospital de Leiria (HL). Contudo, também este apresentou dificuldade em assegurar capacidade de resposta às grávidas da região.

Ao todo, entre o HSM, o HBA, o HGO, o HSFX, o HC, HCR e o HL, contamos sete unidades centrais de Ginecologia-Obstetrícia vítimas diretas da incompetência, má gestão e de organização do Ministério da Saúde (MS), com o fecho sistemático de serviços, a destruição do serviço de Obstetrícia do HSM, e sobretudo sem capacidade para responder à gritante falta de mais maternidades abertas na zona de Lisboa e Vale do Tejo.

Se nada for feito, o MS e o Governo devem saber que estão a colocar em risco as grávidas, que, na grande Lisboa, podem passar a ter que fazer mais de 75km para poder realizar os seus partos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com todas as consequências que advêm do risco associado a essa deslocação.

O mesmo governo que escolheu encaminhar as grávidas de baixo risco do SNS para o sector privado, pagando aos grandes grupos económicos 3000€ por cada parto vaginal, decidiu legislar unilateralmente um novo regime de trabalho para os médicos. O regime de dedicação plena proposto não tem o, acordo dos médicos, prejudica médicos e o SNS.

É emergente a criação de condições para que os médicos fiquem no SNS, mas o Governo escolheu manter as más condições de trabalho e baixos salários, empurrando-os para o setor privado e para o estrangeiro.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul