A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) saúda todos os médicos que se associaram à FLASH MANIF - Pelos médicos e pelo SNS, demonstrando, no seu local de trabalho, que estamos unidos em defesa de condições de trabalho dignas e por um verdadeiro investimento no SNS.

Foram centenas de médicos, das mais diversas especialidades e de todas as regiões do país, que documentaram a sua participação.

Com esta demonstração de capacidade reivindicativa os médicos mostram ao Governo que não pode continuar a ignorá-los.

É urgente voltar à mesa das negociações. É urgente que o Governo atenda as reivindicações dos sindicatos médicos. A atitude displicente deste Governo e desta Ministra da Saúde é inaceitável.

A continuidade desta postura intransigente levará, inevitavelmente, e a breve prazo, a outras formas de luta, nomeadamente a greve.

Cartaz da Flash Manif

Desde o início da pandemia de COVID-19, os médicos optaram por evitar medidas reivindicativas que colocassem em causa a capacidade assistencial do SNS. Mas, dia 15 de setembro, dia do SNS, diremos ao Governo que os médicos têm de ser ouvidos, que precisamos que nos garantam condições de trabalho dignas e que se invista verdadeiramente no SNS.

Se não se avançar neste sentido, seremos obrigados a avançar para formas de luta mais duras.

No dia 15 de setembro, às 11h00, manifesta-te no teu local de trabalho. Pelos médicos, pelo SNS. Participa nesta iniciativa.

Envia fotografias, vídeos ou áudios para:

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  • 960 304 896 (WhatsApp)

O Fórum Médico, reunido com caráter extraordinário na sequência da entrevista de dia 02 de setembro do Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, considera que:

  • É totalmente inaceitável e desrespeitosa a forma como o Senhor Ministro desvalorizou a formação e a qualidade dos médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar e lamenta que seja um governante sem competência nesta matéria a equacionar um recuo na organização do Serviço Nacional de Saúde para padrões existentes antes da democracia;
  • Alerta que os especialistas em Medicina Geral e Familiar são um dos pilares do SNS e asseguram a resposta na sua principal porta de entrada, pelo que reduzir ou condicionar a qualidade dos cuidados aqui prestados é prejudicar diretamente os doentes na promoção da saúde, na prevenção da doença e no tratamento das doenças crónicas, em particular nos grupos mais desfavorecidos;
  • Rejeita liminarmente a possibilidade de criação de níveis de exigência distintos para a mesma especialidade, criando médicos, e doentes, de primeira e de segunda;
  • Reafirma que o principal problema da atual carência de Médicos de Família reside no facto do Governo não conseguir tornar o SNS atrativo e compensador, fazendo com que não sejam para ele captados 40% dos recém-especialistas. De lembrar que estão em formação 2000 médicos de família, a que acrescem cerca de 500 em janeiro.

Perante o acima exposto, os signatários exigem um pedido de desculpas público e inequívoco do Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e não abdicam de uma clarificação da Senhora Ministra da Saúde e do Governo em matéria de formação médica e cuidados de saúde.

Guia para o médico interno 2021

O Internato Médico constitui a pedra basilar da carreira médica e só uma formação médica especializada e claramente regulada permitirá manter e aspirar a melhorar a prestação de cuidados de saúde no
nosso país.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) não deixará de reivindicar por um Internato Médico que responda às necessidades previsíveis para o nosso país, a médio/longo prazo, que assegure o acesso generalizado dos médicos recém-licenciados a todas as especialidades e adequadas condições para a realização da formação que dignifiquem e incentivem o médico interno e todos os trabalhadores médicos envolvidos na Formação Médica Especializada.

Neste enquadramento, a entrada em vigor do Novo Regime e do Novo Regulamento do Internato Médico, em 2018, não abrangem muitas das medidas preconizadas pela FNAM, que repete o seu desacordo para com o resultado da «revisão» do Internato Médico, aliás desencadeada pelos sindicatos médicos, e lamenta a adiada concretização das medidas identificadas no seu caderno negocial.

O presente Guia do Internato Médico pretende ser uma fonte de informação simples e clara para todos os médicos internos e para todos aqueles que, direta ou indiretamente, estão envolvidos na Formação Médica Especializada.

A Saúde é um dos pilares fundamentais do Estado Social e o nosso Serviço Nacional de Saúde tem sido, ao longo de 40 anos, um exemplo marcante e reconhecido internacionalmente, para tal tem contribuído decisivamente uma Formação Médica Especializada que não pode ser descurada, por forma a manter ou aspirar a cuidados de
saúde de excelência.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul