Em resposta ao pedido da Diretora-geral da Saúde, Dra. Maria da Graça Freitas, a FNAM fez a apreciação dos documentos que lhe foram submetidose  para análise e algumas propostas de desenvolvimento para uma eficaz reforma da Saúde Pública em Portugal.
LER CARTA COM ANÁLISE E PROPOSTAS DA FNAM 

A FNAM enviou uma carta à Diretora-geral da Saúde, Dr.a Maria da Graça Freitas, inquirindo sobre possíveis alterações previstas na orientação dos trabalhos da Comissão para a Reforma da Saúde Pública Nacional e disponbilizando-se para uma reunião com a Diretora Geral da Saúde sobre esta matéria.
Recorde-se que os representantes da FNAM, em concertação de posições com as restantes organizações médicas, estão retirados dos trabalhos da Comissão, até estarem reunidas as condições para que aqueles pudessem prosseguir com a qualidade e seriedade necessárias, tal como a FNAM declarou no seu comunicado de 6 de Maio de 2017.

Bernardo Ferrão e Nicolau Santos com: Jorge Simões, Presidente do Conselho Nacional de Saúde; Pedro Pita Barros, Professor Nova School of Business and Economics; Sérgio Branco, Presidente Secção Reg. Sul Ordem Enfermeiros; Mário Jorge Neves, Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Tema: O Estado do SNS.

COMUNICADO

 

Greve Médica Nacional 8 de Novembro de 2017

Ao aderirem de uma forma deveras expressiva, hoje, à Greve Nacional convocada pelos sindicatos, os médicos deram ao Governo mais um sinal claro do seu descontentamento e do empenho e determinação em prosseguir na luta pela resolução dos problemas.

Os médicos foram empurrados para este protesto pelo governo, tal como aconteceu na greve nacional de 10 e 11 de maio e nas greves regionais o passado mês de Outubro.

Se a eles juntarmos as muitas centenas de médicos que estão a garantir os serviços mínimos e que concordam com a greve podemos referir com segurança que a adesão foi cerca de 80 a 85%nos Hospitais, adicionando os cerca de 85  90% de adesão a nível dos Cuidados de Saúde Primários, poderemos concluir que estamos perante mais um sério aviso ao Governo.

Os médicos continuam a preocupar-se em primeiro lugar com a qualidade de prestação de cuidados de saúde aos utentes, estando também cansados de serem discriminados negativamente exigindo a reversão de forma faseada de direitos que foram retirados durante a troika e permitindo também uma maior e melhor acessibilidade aos cuidados de saúde dos Portugueses.

Só a intransigência e falta de transparência negocial deste Ministério e deste Governo, fizeram com que estejamos nesta contestação.

Esperamos que o Governo apresente uma contraproposta negocial séria, de forma a evitar mais incómodos aos nossos doentes e a aumentar o descontentamento dos médicos.

A recusa em reverter matérias laborais que não salariais, é uma manifestação de obstinação, falta de entendimento e  uma afronta ao trabalho e dedicação dos médicos do SNS, o que se tem reflectido numa continuada deterioração da qualidade dos serviços de saúde prestados à população.

Foram os médicos que viabilizaram o desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde durante o período da troica e não permitirão que este governo seja o coveiro do SNS.

Dada a falta de resposta Ministério da saúde os médicos:

1 Além das matérias que têm estado em negociação cm o governo, as organizações sindicais médicas exigem que seja estabelecido um calendário negocial para o descongelamento da Carreira Médica e das suas grelhas salariais.

2 – Exigem o estabelecimento imediato de negociações com vista à criação de um estatuto profissional de  desgaste rápido e de risco e penosidade acrescidos.

3 - Anunciam que irão reunir os seus órgãos dirigentes máximos para endurecer as suas formas de luta a empreender a curto prazo;

4- Reafirmam total disponibilidade para chegarem a acordo negocial.

3 – Apelam ao Primeiro-ministro para que conceda audiência solicitada há 6 meses.

Lisboa, 8 de Novembro de 2017 Os Sindicatos Médicos

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul