Fotografias de reuniões

Reuniões em Évora, Amadora-Sintra e Santa Maria apoiam médicos na campanha das 150 horas

Depois do Norte e do Centro, onde continuam a multiplicar-se as reuniões, a Caravana do SMZS/FNAM passou por vários hospitais a Sul do país, em Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

ÉVORA 

Na primeira etapa da Caravana SMZS/FNAM na região Sul do país, estiveram presentes mais de 60 médicos no Hospital do Espírito Santo de Évora, entre colegas Hospitalares e de Medicina Geral e Familiar, demonstrando o seu empenho na recusa em exceder o limite legal anual das 150 horas suplementares e a necessidade em obterem informação jurídica sobre este e outros assuntos.

A delegação foi composta por dirigentes da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), e uma advogada do serviço jurídico do SMZS, disponível para esclarecer as várias questões apresentadas pelos colegas presentes. As implicações da recusa em exceder as 150 horas suplementares foram o tema predominante. 

Sentiu-se uma preocupação com o trabalho médico a longo prazo: é exigível aos médicos que continuem a trabalhar centenas de horas suplementares por ano, com cada vez piores condições de trabalho e em serviços cada vez mais depauperados? A resposta veio rapidamente, considerando-se ser fundamental continuar com esta luta, da qual depende o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos jovens médicos.

A indisponibilidade de trabalho suplementar para além das 150 horas suplementares é uma forma de luta importante, que, acompanhada pela greve de 17 e 18 de outubro, e pela manifestação de 17 de outubro, pelas 15h00, em frente ao Ministério da Saúde, servirá para os médicos inequivocamente mostrarem que chegaram ao limite. É preciso, por isso, salvar o SNS e é preciso cuidar de quem cuida.

LISBOA

No dia 10 de outubro, a Caravana do SMZS/ FNAM marcou presença em dois hospitais da Grande Lisboa, de manhã no Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, na Amadora,e à tarde no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

A reunião com os colegas na Amadora decorreu com cerca de 30 médicos do hospital, onde foram esclarecidas várias questões e dúvidas sobre a campanha da escusa em fazer mais do que as 150 horas suplementares anuais. Neste hospital, sentiu-se um grande compromisso dos colegas com esta luta, com o objetivo de melhorar os cuidados prestados aos utentes e as condições de trabalho dos médicos.

No Hospital de Santa Maria, foram mais de 20 colegas que marcaram presença para conhecer melhor como decorreu o processo negocial entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos, particularmente as propostas apresentadas pela FNAM no âmbito nestas negociações, com alguma expectativa nos próximos passos a tomar. Há um consenso sobre a grande união entre os médicos e deste ser um momento decisivo na luta para salvar o SNS.

Após os esclarecimentos fornecidos durante a reunião, os médicos do serviço de Pediatria do Hospital de Santa Maria, entre internos e especialistas, decidiram, por unanimidade, apresentar a declaração de escusa em realizarem mais do que as 150 horas suplementares anuais.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul