Hospital SAMS

Decorrente das medidas de contenção e de Saúde Publica, que estão a ser implementadas no País e que necessariamente envolvem os profissionais de saúde, ao serviço do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) e dos SAMS Sul e Ilhas, os Sindicatos decidiram desconvocar a Greve decretada para o próximo dia 13 de Março.

Esta desconvocação da Greve dá também uma oportunidade à Direcção do SBSI/Mais Sindicato, para retomar os processos negociais dos Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Trabalho (IRCT), tal como propôs recentemente.

Apesar desta desconvocação, os Sindicatos mantêm a sua forte oposição à tentativa de caducidade dos IRCT, recentemente anunciada pela Direcção do SBSI e que levou a decretar esta Greve.

Os Sindicatos reafirmam também a justiça desta Luta dos Trabalhadores, que legitimamente defendem os seus Direitos!

No decurso desta assumida tentativa da retirada dos Direitos dos Trabalhadores, os Sindicatos e a Comissão de Trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas solicitaram em 21 de Fevereiro, a necessária mediação do governo neste processo, tendo pedido uma audiência urgente,

Assim, uma delegação dos Sindicatos e da Comissão de Trabalhadores deslocar-se-ão ao Ministério do Trabalho, hoje dia 12/Março, pelas 14:30h, para reafirmar a urgente Audiência solicitada ao Secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional.

P’los Sindicatos e P’la Comissão de Trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas

Hospital de Santa Maria

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) teve conhecimento de que o Hospital de Santa Maria pretende não colocar em isolamento os profissionais de saúde que tiveram contacto direto com os casos diagnosticados com COVID-19. Pretende que se mantenham ao trabalho, com máscara.

Trata-se de um comportamento inaceitável por parte de um dos maiores hospitais do país, que se designa como hospital de referência.

Qualquer cidadão em situação de contacto direto com caso diagnosticado com o COVID-19 tem indicação de permanecer em quarentena.

Não se compreende como é que uma Administração Hospitalar toma para si decisões que são do foro da Autoridade de Saúde, mais ainda pretendendo impor aos seus trabalhadores medidas discriminatórias em relação a qualquer outra pessoa.

É uma atitude que desrespeita os direitos dos profissionais de saúde e de risco para a população. Desrespeita as recomendações da DGS e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

A FNAM não será complacente com qualquer falha de segurança que ponha em risco os médicos, outros profissionais de saúde e a população.

Assembleia da República

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) pediram uma reunião urgente com a Comissão Parlamentar de Saúde, de forma a debater o contributo que os sindicatos médicos podem dar no combate ao COVID-19.

Para esta reunião, os sindicatos médicos também pretendem levar propostas para fortalecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer em situações excecionais quer em situações normais.

O contributo dos sindicatos médicos é fundamental para o fortalecimento do SNS, para a segurança dos profissionais de saúde e para a defesa da saúde da população.

Murro

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS/FNAM) tomou conhecimento de uma tentativa de agressão física a uma médica grávida, na semana passada, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC). Trata-se de mais um caso inaceitável, que evidencia a falta de segurança nos locais de trabalho.

A médica grávida desaconselhou a troca de medicamentos pretendida por um utente e, perante essa situação, o utente iniciou uma escalada de violência, proferindo ameaças verbais contra a integridade física da médica e tentando dar-lhe um murro, depois de esta ter dito que iria chamar a equipa de segurança.

Posteriormente, o utente continuou com ameaças verbais na sala de espera, perturbando o bom funcionamento do serviço.

Esta é mais uma situação de gravidade extrema, que comprova a ineficácia do Gabinete de Segurança criado pela Ministra da Saúde.

O SMZS/FNAM responsabiliza as entidades patronais pela insuficiência de condições de trabalho que põe em causa a segurança dos profissionais médicos, assim como o Ministério da Saúde pela falta eficácia das medidas tomadas.

O SMZS/FNAM irá prestar apoio jurídico à colega, em nome da defesa dos seus associados e em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul