Vitória Martins, João Proença e Joana Bordalo e Sa em Bruxelas

Delegação da FNAM em Bruxelas para defender a carreira médica e o SNS português

A reunião da delegação da FNAM com o Comissariado Europeu para a Saúde liderado por Stella Kyriakides, e com os Eurodeputados, tem como objetivo a entrega de um Manifesto Internacional na defesa dos serviços públicos de Saúde, fazer um retrato da situação dramática que se vive no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apresentar as propostas da FNAM para recuperar a carreira médica e atrair médicos para o SNS.

A FNAM entregou um Manifesto Internacional em defesa dos Serviços de Saúde Pública, assinado pela FNAM e pela Confederação Estatal de Sindicatos Médicos (CESM), a nossa congénere em Espanha, com as propostas dos médicos para melhorar as condições de trabalho na defesa de serviços públicos de Saúde, que ambas as estruturas defendem que devem ser universais, acessíveis e de qualidade para a população.

O resumo The struggle of Portuguese doctors - A Portrait of the National Health Service in Portugal (A luta dos médicos portugueses - Um retrato do Serviço Nacional de Saúde em Portugal), foi igualmente entregue à Comissária da Saúde, Stella Kyriakides, aos Eurodeputados, e enviado aos sindicatos e associações médicas estrangeiras com quem a FNAM tem mantido colaborações e relacionamentos institucionais.

Por fim, entregámos as soluções que a FNAM tem apresentado publicamente e na mesa das negociações para recuperar a carreira médica e atrair médicos para o SNS.

Como ficou bem patente no combate à pandemia de COVID-19, em matéria de Saúde as fronteiras são meramente formais, pelo que é fundamental que a Europa tenha padrões mínimos no que diz respeito ao acesso universal a cuidados de Saúde. Apesar das instituições europeias não legislarem sobre o tema, estas têm a obrigação de lançar as bases para esse debate e defender um conjunto de recomendações que leve cada um dos Governos a primar pela melhoria das condições de trabalho dos médicos, valorizando devidamente a responsabilidade da profissão e elevada diferenciação técnico-científica, assim elevando e promovendo o valor inestimável da Saúde coletiva.

No mesmo sentido, a Europa não pode continuar a aceitar a assimetria abissal no que respeita a remuneração dos médicos, diferenças essas que geram, consequentemente, um êxodo permanente de médicos do sul rumo ao norte e à europa central, onde as condições de trabalho e a valorização salarial são substancialmente mais favoráveis.

© Sindicato dos Médicos da Zona Sul